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A relação corpo X sofrimento psíquico


sofrimento psíquico Ciclos

Na atualidade, a dimensão do sofrimento psíquico vem ganhando importância no nosso cotidiano. As diversas formas de sofrer têm relação com o sujeito e seu corpo. É sabido que o corpo e psique se entrecruzam. Nosso corpo acusa o golpe de uma dor e a psique consequentemente reage com nossas angústias impensáveis, ocasionando, assim, vários tipos de sintomas somáticos.

Quando Freud formula seu conceito de ego em meados de 1923, a função do corpo e dos seus limites e contornos ganha fundamental importância. Segundo ele, ego é, acima de tudo, um ego corporal. O sofrimento psíquico representa, sob essa ótica, um processo de desorganização de nossas principais funções: pensamento, afeto, percepção, memória etc.

Tal desorganização tem um DNA próprio: apresenta uma dinâmica que se baseia nas condições constitutivas de cada sujeito, ou seja, cada um desenvolve seu "contrato" com o sofrimento conforme sua história de vida. O que isso significa? Significa que, por trás de todos os sintomas que conhecemos (fobias, depressões etc.), existe um sujeito que não consegue compreender o sentido de todo o padecer. A ausência de compreensão, a dificuldade de pensar a esse respeito e as confusões emocionais formam uma teia rígida na qual ele se prende.

É sabido clinicamente que buscar a compreensão e o sentido do sofrimento requer do sujeito esforço e gasto de energia. Contudo, a experiência corporal é fundamental para concebermos um fundamento de sentido para nossas angústias. Isso significa que, para conhecermos melhor nosso sofrimento, é importante também entender cada experiência sentida pelo nosso corpo, o que o corpo pode traduzir por meio das dores, alívios, tremores, chaqualhões, enfim.

Lembre-se sempre de que sua voz precisa ecoar e ser percebida (e intuitivamente sentida) como parte integrante de um processo de busca de sentido para a vida.

Prof. Dr. Rodrigo Otávio Fonseca

Psicólogo/Psicanalista - Ciclos Espaço Terapêutico

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